Mais segurança aos postos

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De 134 postos de combustíveis, que por conta própria submeteram seus produtos a alguma análise de conformidade, 23 deles tiveram algum tipo de alteração na composição dos combustíveis.A afirmação é baseada em um levantamento realizado pelo Recap com os postos participantes do seu Programa de Monitoramento da Qualidade (PMQ). O etanol foi o produto que apresentou a maior quantidade de amostras que não estavam dentro dos padrões exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP),conforme avaliações realizadas pelo laboratório Vulcano,

especializado no assunto. “Notamos que neste caso ocorrem variações nos resultados de PH e de condutividade elétrica em virtude da sazonalidade das safras”, afirma o gerente de qualidade do Laboratório Volcano, Pierre Zanovelo.Em seguida figuraram no ranking da não conformidade a gasolina e o diesel, respectivamente. As afirmações são baseadas em dois anos de verificações realizadas pelo laboratório Vulcano em postos de Campinas e região, que contrataram os serviços especializados para atestar a qualidade dos seus produtos. “Com a economia aquecida, a demanda de combustíveis também aumenta e os volumes de produtos não conformes seguem a mesma proporção, porém, considerando que a fiscalização sobre a distribuição não acompanha tal oscilação, orientamos aos revendedores a intensificarem seus procedimentos de controle de qualidade para amenizarem os riscos de receberem produtos com variações em suas especificações, principalmente com bastante rigor na coleta e guarda de suas amostras-testemunha”, sugere o especialista.

As análises apontaram que no caso do etanol, os itens que mais apresentaram alterações foram: cor, condutividade elétrica e massa específica, respectivamente. Em relação a gasolina, o teor alcoólico do combustível foi o que mais esteve fora dos padrões exigidos pela ANP. além da destilação de 50% e ponto de ebulição. Nos testes realizados com diesel, o aspecto foi o item que, em sua maioria, estava em descompasso com as exigências oficiais, seguido do ponto de fulgor e o teor do biodiesel. Pierre explica a razão. “Observamos muitos casos relacionados a característica Teor de Enxofre do diesel S-10 nos postos, cujos resultados tem ultrapassado o limite de enxofre permitido pela ANP. Por ser um produto recente, assim como, sua fiscalização, precisamos conscientizar os postos quanto a sensibilidade do S-10 pela facilidade de ele ser contaminado com outro produto, elevando o teor de enxofre a índices não conformes quando avaliado pela fiscalização”, diz o especialista.

Principais problemas encontrados no etanol

Principais problemas encontrados no etanol

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Ainda segundo o especialista, o mínimo contato com resíduos de outros produtos podem ser suficientes para gerar uma variação comprometedora na análise do teor de enxofre, como, por exemplo, contato com o diesel S-500, que mesmo em proporção baixa (em volume) gera uma alteração significativa na análise do teor de enxofre.

Reportagem Completa na Revista RECAP – 89

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